sábado, outubro 30, 2010

A política da memória

Sempre gostei de política, desde menina assistia as campanhas eleitorais para saber quem estava tentando chegar no poder... sabia o número de vários candidatos de cor e salteado (mesmo sem ter que votar), acompanhava no jornal a atividade dos candidatos municipais e assim fui crescendo, com a vontade de falar sobre um assunto que todos fogem.  Ah, aos 16 anos, claro que fui tirar o meu título. Recentemente, a dois dias do primeiro turno fui retirar a segunda via do meu título, para minha surpresa não levou mais do que 5' e saí de lá tão feliz por ter o documento que me garantia expressar a minha opinião (para quem não se lembra o título seria obrigatório). Pena é saber que faço parte de uma minoria...
Por outro lado, neste ano tive a oportunidade de conversar sobre política com vários amigos, seja pessoalmente, via e-mail, messenger ou até mesmo via twitter. Achei o máximo pois vi que muitos dos meus amigos fazem parte dessa minoria comigo e isso é ótimo, pois além de cada um expressar a sua opinião, mostramos o quanto estamos preocupados com o futuro e o quanto somos responsáveis por ele (Que demais!).
Por outro lado, as eleições deste ano foram um surto de bobagens. Começando por candidatos estaduais paulistas sem noção nenhuma do que é democracia, Estado e cidadania, até as cansáveis trocas de farpas dos presidenciáveis. Este ano não assisti a nenhum debate, as manchetes do dia seguinte já me bastavam. Enquanto nós discutíamos sobre a postura dos candidatos, eles se preocupavam em veicular matérias atrás de matérias para acusar um ao outro, e as propostas minha gente? Infelizmente não tivemos uma campanha como mereciamos, ou que atendesse as nossas expectativas... tudo será respondido (ou não), como sempre na prática.
Apesar dessa campanha ridícula, não desistirei da política, pelo contrário, guardo na memória o feito histórico dos caras pintadas, da pose de 2002 e reservo espaço para muitos feitos que virão.

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