Ainda estou anestesiada. Sob o efeito da emoção, dos pensamentos, dos conflitos, do que meus olhos viram e o coração sentiu.
Tudo mais simples possível, mas belo aos olhos de quem contemplava e conseguia sentir o que aquele momento significava para os principais da festa, os noivos.
Compartilhamos juntos da mesma alegria, o amor assim como o vento, visitou a cada um.. a mim mais ainda por rever amigos e sentir o prazer de ser amada, querida.
Acho que a anestesia se deve ao conflito. Dois mundos será que existem? Eu realmente não acredito nisso, ou custo a acreditar. Por vezes chego a pensar que este conflito será eterno. Confesso que não gostaria. Meio termo é fundamental para o equilíbrio. Mas não posso seguir a caminhada com toda a bagagem conquistada, preciso desfazer de algumas coisas que neste momento não as quero deixar para traz, porque fazem parte nada mais nada menos do que da minha essência. Caramba, terei que me refazer por inteiro, mas o sonhos, os sentimentos, continuam os mesmos e a menina-sonhadora até tentou, mas a mulher-racional não se deteve e se sobrepôs.
Continuo aqui, anestesiada com os prazeres do amor comunitário (caramba como isso é bom).
Nesta jornada conheci pessoas incríveis, que me ensinaram a pular as pedras no caminho com alegria e a abraçar os desconhecidos como irmãos. Disso sempre sentirei falta, pois no outro mundo, a arrogância e a prepotência se fortalecem cada vez mais em meio a ganância e a falta de compaixão. Desejo estes dois mundos como um complemento. Meu espírito se refaz a cada compartilhamento do amor e o meu ser, se perpetua somente na possibilidade permitida de ser eu, somente eu.
2 comentários:
Simplesmente lindo o texto, por momentos pensei que as palavras passavam por mim deixando um ar de elogios e agrados me fazendo romper com as regras de leitura tradicional e ler com prazer.
Seu texto me intrigou por mais tempo que alguns livros... Mas encontrei o sentido que me escapava. Bom texto, bastante intenso e com muita coisa implícita.
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